O número de pessoas que fazem tatuagens no mundo ocidental vem aumentando há décadas. Secundário a este aumento, cresceu também a procura por métodos de retirada de tatuagens. Seja por motivos religiosos, estéticos, trabalho ou por troca de parceiro (tatuagem do nome ou referência ao parceiro anterior), é comum o arrependimento e ter a vontade de retirar uma tatuagem.

Após anos de pesquisa, tem-se hoje estabelecido como tratamento padrão quase que exclusivamente o uso de lasers no intuito de se apagar os desenhos e letras de pigmento na pele.

A principal tecnologia empregada é o laser ND-Yag Q-switched (nome vem de Neodymium-Doped Yttrium Aluminum Garnet - como o laser é formado).

Este tipo de aparelho apresenta características peculiares para este objetivo: emitem laser com comprimento de onda eletromagnética que atingem especificamente algumas cores e com tempo muito curto em que a energia é liberada, o que chamamos de pulso, que são da ordem de nano-segundos (milmillonésima parte de 1 segundo). Os comprimentos de onda são 1064 nm para pigmentos preto e azul escuro e 532 nm para cores marrom e vermelho. Para os pigmentos verdes e amarelos, os resultados são deficientes.

Através de uma técnica de exame da tatuagem, onde fazemos uma pontuação (score) levando em consideração a localização, número de retoques, cor da pele, se é profissional ou manual e cor dos pigmentos usados, é possível avaliar quantas sessões serão necessárias para realizar o clareamento da tatuagem, com uso do laser.
Outras técnicas de tratamento de tatuagem são utilizadas somente em casos muito específicos, ou como coadjuvante: dermoabrasão, cirurgia, peeling, laser CO2.

A avaliação deve ser feita por dermatologista (sempre), com especialização em cirurgia dermatológica, e experiência com este tipo de laser.